Polishop entra em recuperação judicial: Entenda o caso

Polishop já dava indícios no mês de abril ao buscar reestruturação extrajudicial junto a seus credores

Na segunda-feira (20), veio à tona o pedido de recuperação judicial da Polishop. Neste caso, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), aceitou a solicitação.

Recuperação judicial da Polishop

Em meados deste mês, a Polishop já havia formulado o pedido de recuperação judicial. Na decisão, o juiz manteve a nomeação da Cabezón Administração Judicial como administradora judicial, que vai fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano.

Além disso, a Cabezón tem duas semanas para apresentar uma proposta de trabalho, além de definir seus honorários. Mas ficará incumbida de entregar o primeiro relatório.

Reestruturação extrajudicial

Vale destacar que recentemente o presidente e fundador da Polishop declarou ao Estadão/Broadcast que a companhia buscava uma reestruturação extrajudicial junto a seus credores. À época, foi feito um pedido à Justiça, que teve como argumento o endividamento bancário da empresa. Em contrapartida, a empresa já havia reduzido de R$ 270 milhões em janeiro de 2022 para R$ 84 milhões em 2024.

Dívidas da Polishop

Já em relação aos motivos que levaram a empresa às dívidas, estão:

  • consequências da pandemia de Covid-19;
  • aumento do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M);
  • e a crise do crédito gerada pelo caso das lojas Americanas.

Suspensão de execuções

Mas, como o pedido de recuperação foi aceito, ficou determinado também a suspensão de execuções, arrestos, penhoras e demais medidas contra a companhia pelo prazo de 180 dias. Vale lembrar que a Polishop já é alvo de pelo menos 50 ações de despejo pelo não pagamento de aluguéis das lojas. Aproximadamente 100 unidades em shoppings já foram fechadas.

Situação dos credores

Por sua vez, os autores das ações na Justiça comum ou do Trabalho, ou seja, os credores, deverão apresentar requerimento extrajudicial à Cabezón, mencionando as decisões e também comprovando quanto tem a receber da Polishop.

Em breve, a administradora judicial deverá emitir relatórios mensais sobre essas demandas. E a apresentação de contas deverá ser feita todo dia 30 de cada mês.

Por fim, a Polishop também fica obrigada judicialmente a entregar todos os documentos solicitados pela Cabezón. Isso inclui entregar extratos de todas as suas contas bancárias e documentos de recolhimento de impostos e encargos sociais, e também de verbas trabalhistas.

*Foto: Reprodução/https://www.instagram.com/p/C7FqesVh3Oz/