CEOs brasileiros: KPMG revela cenário otimista com economia e negócios

CEOs brasileiros estão confiantes no crescimento da economia nacional nos próximos três anos

Uma pesquisa conduzida pela KPMG com 1.325 CEOs das principais economias do mundo e 50 CEOs brasileiros de variados setores e revelou resultados promissores para o Brasil.

CEOs brasileiros – otimismo

Além disso, a ampla maioria dos CEOs brasileiros (82%) estão confiantes no crescimento da economia nacional nos próximos três anos. Isso tudo motivados por uma perspectiva de fim da pandemia, em razão da vacinação em massa.

Já 64% deles confiam no crescimento da economia global e 86% confiam no crescimento do setor em que suas empresas atuam. Neste caso, uma alta de 10% no quesito, comparando com a edição anterior da pesquisa, feita há um ano.

Expectativas

Por outro lado, a expectativa de crescimento da companhia é de 88%, uma queda de 4% na comparação com o estudo anterior. Apesar disso, os executivos que esperam crescimento organizacional nos próximos três anos acreditam em percentuais de expansão de, no mínino 2,5% e no máximo 10%. Estas são algumas das conclusões da pesquisa “KPMG 2021 CEO Outlook”.

Segundo o presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul, Charles Krieck:

“A crise sanitária impôs um choque de realidade nas lideranças empresariais e nos fez refletir sobre os desafios mais urgentes. Assim, os CEOs estão concentrados em levar adiante as estratégias de mercado que são, de fato, relevantes para as organizações. Todos os líderes consultados parecem ter aprendido ainda mais, com a pandemia, sobre a importância determinante da tecnologia, a necessidade de otimizar operações, a mitigação de riscos, a relevância da experiência do cliente e a valorização do capital humano. É também chegada a hora das empresas investirem mais em ações corporativas direcionadas para o crescimento dos negócios. Na prática, como superar desafios e executar estratégias de mercado que gerem negócios.”

Principais estratégias

Em relação às principais estratégias para o crescimento dos negócios, a pesquisa mostra que para os brasileiros, o crescimento orgânico (30%) e as alianças estratégicas com terceiros (30%) serão as melhores opções para buscar a ampliação dos negócios no próximo triênio.

Em contrapartida, metade (50%) dos brasileiros disse ter “baixo apetite” por fusões e aquisições no próximo triênio. Já para alcançar os objetivos de crescimento nos próximos três anos, os CEOs brasileiros sinalizaram diferentes estratégias, especialmente estas:

aumentar o investimento em detecção de disrupções e processos de inovação (64%);
fazer parceria com provedores de dados terceirizados (58%);
e configurar programas aceleradores ou incubadores para empresas iniciantes (56%).

ESG

Também há uma preocupação em aumentar a resiliência cibernética, a fim de ajustar custos de capital para lidar com a inflação. Além de atrair e reter talentos e integrar práticas ESG (Environmental, Social and Governance).

Neste setor, 76% dos CEOs do país pretendem garantir que sejam mantidos os ganhos de sustentabilidade obtidos durante o período de crise e mais de 80% alteraram o programa atual de ESG, o que coloca mais foco no componente social, por causa da pandemia.

Charles Krieck complementa:

“Cada vez mais é fundamental cuidar das pessoas e proteger o meio ambiente, e as organizações estão sendo protagonistas nessa nova ordem. Esta não é só uma questão de retorno financeiro ou de competitividade. A construção de valor das marcas é interessante para os acionistas e questão de sobrevivência para todos, mas também está alinhada com um propósito maior perante a sociedade.”

Tecnologia

Mas há brasileiros que temem as tecnologias disruptivas (24%) e falhas das cadeias de suprimentos (22%). Isso porque no intervalo de um ano houve pouca mudança sobre a importância que os líderes dão para sair na frente em termos de inovação (mudança de 78% para 72%).

Além disso, houve ligeira queda no número de CEOs que entendem a disrupção tecnológica como oportunidade de mercado e não como ameaça (eram 92% e agora são 84%).

Mesmo assim, a maioria (64%) dos brasileiros segue investindo mais capital na compra de novas tecnologias do que no desenvolvimento das habilidades digitais de colaboradores. E 82% disseram estar preparados ou muito bem preparados para um futuro ataque cibernético, sendo que, no levantamento anterior, eram 62%.

Os CEOs também concordam em outros aspectos, com médias entre 70% e 80% de resposta. Isto tudo sinaliza que pode ser importante ou muito importante os seguintes fatos:

  • entender a disrupção como oportunidade e não como ameaça;
  • contar com uma estratégia cibernética forte para gerar confiança nos principais stakeholders;
  • ter a segurança da informação como uma função estratégica e vantagem competitiva;
  • estar ciente da importância de proteger o ecossistema dos parceiros e fornecedores, além da própria organização.

Pandemia

Por fim, a pesquisa também destacou como a pandemia impactou fortemente as organizações e como esse processo continuará influenciando as diretrizes organizacionais nos próximos três anos.

Cenários futuros

Os cenários futuros mostram que 76% dos respondentes brasileiros disseram que irão se concentrar em uma culrura e em políticas que promovam um melhor quilíbrio entre vida profissional e pessoal dos funcionários.

Outras ações

Por fim, outras ações foram destacadas pelos entrevistados:

garantir que uma grande proporção das reuniões de lideranças sênior seja conduzida remotamente (58%);
adotar medidas para que a cadeia de suprimentos seja resiliente (50%).

Outro aspecto relevante para a maioria (74%) está na urgência de cooperação multilateral com o sistema tributário global.

*Foto: Divulgação