Oi recalcula valor da dívida para R$ 44,3 bilhões

Oi recalcula valor da dívida em meio à sua recuperação judicial, corrigindo assim a informação apresentada antes à Justiça; valor correto de passivo salta R$ 655,5 milhões

A Oi entrou com novo pedido de recuperação judicial, em meados de março, e a dívida não para de crescer. Isso porque a empresa de telecomunicação apresentou lista de credores retificada, indicando aumento de R$ 655,5 milhões em seu passivo em relação ao valor indicado anteriormente. Sendo assim, o passivo passou de R$ 43,7 bilhões para R$ 44,3 bilhões.

Oi recalcula valor da dívida

A Oi recalcula valor da dívida que, na maior parte deste montante (R$ 43,2 bilhões) é de quirografários. Ou seja, de credores que não possuem prioridade e só receberão após os demais. Já o passivo trabalhista chega ao valor de R$ 1 bilhão e estes contam com prioridade no recebimento. O restante, menos de R$ 100 milhões, diz respeito a dívidas com micro e pequenas empresas. A Justiça agora abrirá prazo para os credores divergirem do valor apresentado ou habilitarem novos créditos.

Segundo pedido de recuperação judicial

Vale destacar que este é o segundo pedido de recuperação judicial da Oi, menos de três meses após o anúncio do fim da primeira recuperação judicial da companhia. À época, mesmo encerrando sua trajetória com menos clientes, a Oi enfrentou este processo, assim como tantas outras no país, contando com especialistas em reestruturação empresarial. E hoje, o Brasil possui grandes especialistas, como o consultor financeiro e CEO da RK Partners, Ricardo K., que possui em seu currículo reestruturações como a Odebrecht, além de planejamentos com o Banco Itaú.  

Contudo, a empresa possui ainda cerca de 30 dias para apresentar um plano de recuperação consolidado.

De acordo com a companhia, fatores levaram a essa nova crise como a demora no fechamento de venda de ativos devido a “entraves regulatórios e concorrenciais e da complexidade da operação”; disputa pelo preço da Oi Móvel com a Claro, TIM e Vivo; “demora no processo de adaptação das concessões”; e mesmo efeitos da pandemia. Por outro lado, a empresa afirma que a primeira RJ foi um “inquestionável sucesso”, e cita ter reduzido dívida financeira bruta em 30%, enquanto obteve receita líquida “em patamar elevado”.

*Foto: Reprodução/Unsplash (NordWood Themes – https://unsplash.com/pt-br/fotografias/q8U1YgBaRQk)