KPMG revela 1º trimestre com maior número de fusões e aquisições em 20 anos

KPMG diz que deste número, 244 são empresas brasileiras

Nesta semana, a KPMG revelou que no primeiro trimestre deste ano foram registradas 375 fusões e aquisições. A maior parte delas, 244, entre empresas brasileiras.

Levantamento da KPMG

De acordo com o levantamento da consultoria KPMG, o número de negócios contabilizado no período é o maior em 20 anos. Além disso, trimestralmente falando, trata-se de empresas de 43 setores da economia nacional. Companhias de internet e telecomunicações lideram o ranking, somando 77 operações nos três primeiros meses de 2021.

Em segundo lugar, 48 operações no período, ligadas à tecnologia da informação. Em seguida, aparece: educação, instituições financeiras e imobiliário, sendo cada um com 11. Por fim, aparecem telecomunicação e mídia com 10, companhias de serviço com nove, varejo com oito e companhias de energia com sete.

Segundo Luís Motta, sócio da KPMG e coordenador da pesquisa:

“Se somarmos as transações realizadas pelas companhias de internet e tecnologia da informação, o total é de 125 negócios fechados, o que representa quase metade do total das operações domésticas. É a primeira vez que isso ocorre na pesquisa, o que indica que o panorama das transações modificou. Com a pandemia, muitas empresas decidiram investir em transformação digital. Com isso, a representatividade das empresas desses setores passou a ganhar mais relevância no número de transação.”

Operações do tipo CB1

Do total de operações concretizadas entre janeiro e março, 116 foram do tipo CB1. Ou seja, 31% representam transações de estrangeiros comprando empresas brasileiras.

Já outras 13 operações foram do tipo CB2, quando brasileiros adquirem de estrangeiros empresa estabelecida no exterior; uma foi do tipo CB3, na qual brasileiros adquiriram, de estrangeiros empresa estabelecida no Brasil; e uma foi CB4, em que o estrangeiro adquire, de estrangeiros, empresa estabelecida no País.

Sobre isso, Motta conclui:

“Os brasileiros fazendo aquisições no Brasil têm sido o motor das transações este ano. Além disso, está acontecendo um movimento de retomada da presença de estrangeiros no País que tinha sido perdida no ano passado quando a pandemia teve início. Dessa forma, alguns planos de internacionalização foram colocados de lado até que se tivesse um cenário mais previsível. No entanto, com a expectativa de vacina, as empresas se adaptaram a uma nova realidade e voltaram com os planos de negócios.”

*Foto: Divulgação