Com R$ 100 é possível se tornar um investidor de imóvel

Investir no mercado imobiliário não precisa ser um bicho de sete cabeças. Hoje em dia é possível se tornar um investidor de imóvel com apenas R$ 100 de capital. Além disso, não é necessário alugar, reformar, construir ou vender imóveis.

O negócio consiste em a pessoa se tornar sócia de um prédio de escritórios comerciais, rede de condomínios, um shopping ou até de um hospital.

É possível se tornar um investidor de imóvel

Quando a pessoa investe no mercado imobiliário, ele está conectado a um fundo, onde existe um investimento de renda variável com rendimentos ligados aos mercados de locação, construção e venda de empreendimentos.

De acordo com a educadora financeira Mirna Borges, que é parceira de conteúdo do banco BTG e criadora do canal no YouTube EconoMirna, investir no mercado imobiliário significa que a pessoa compra cotas de participação em um condomínio fechado e depois pode negociá-las na Bolsa de Valores.

Rendimentos

Existem duas formas de rendimentos neste tipo de negócio. Uma delas é os dividendos. No entanto, também pode ser pela valorização das cotas adquiridas. Estas são chamadas de FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários). É importante deixar claro, que o investidor não arca com absolutamente nada do gerenciamento dos empreendimentos nem dos gastos com a construção do imóvel.

Mirna ressalta que por conta do baixo valor mínimo de investimento faz com que os FIIS se tornem uma alternativa atrativa e acessível. Sem falar na vantagem deste fundo que obriga a realização de transferência de 95% da receita líquida todo mês. A educadora financeira também diz que estes fundos costumam facilmente negociados na Bolsa, ou seja, o investidor não enfrenta dificuldades para vender suas cotas no mercado imobiliário.

Outro diferencial é que os dividendos são isentos de imposto de renda. Todavia, esta parte só vale aos cotistas que possuem menos de 10% das cotas do fundo e se este ainda tiver no mínimo 50 cotistas. Além disso, as cotas precisam ser vendidas exclusivamente em Bolsas de Valores. A maior parte dos investidores se enquadra nesta categoria.

Administração

Este tipo de produto é fácil de gerenciar. Em primeiro lugar é necessário realizar um cadastro em uma corretora de iniciar as operações com o uso do sistema home broker. Um exemplo disso é o que oferece o banco BTG Pactual Digital, nesta plataforma o acesso a este recurso é gratuito. O investidor paga apenas pelos serviços que realmente utilizar.

Cautela na hora de escolher

Quando a pessoa opta por um investimento de renda variável, ela tem de ter em mente que os FIIs apresentarão darão mais lucro. No entanto, isso também significa fazer uma escolha de maior risco. É fato que o mercado imobiliário pode oscilar e com isso haver uma perda do dinheiro investido. Em um momento ele está valorizado e em outro, desvalorizado. Segundo Mirna, é importante estudar bem o mercado antes de investir para saber qual opção causará menos riscos e, consequentemente, ter uma boa chance de lucro.

Em declaração à revista EXAME, a educadora financeira alerta:

“Para diluir os riscos, é interessante escolher um fundo que seja, de preferência, multi-imóvel, multi-inquilino e multirregiões”.

Na prática se tem menor risco quando o investimento está concentrado em maior quantidade de imóveis, alugados para mais pessoas e em diversas regiões. O impacto é bem menor quando há desocupação apenas de uma sala do que um imóvel alugado por um único inquilino.

Além disso, é prudente estudar o histórico do fundo onde deseja entrar. Como ele se comporta em um período de crise. Estas análises podem ajudar bastante na hora de decidir em qual fundo imobiliário investir.

Passo seguinte

Ao definir o fundo, não é preciso acompanhar a oscilação diária do mercado. Mas é dever do investidor ler os relatórios mensais e trimestrais. Com isso, ele tem condições de analisar melhor o que acontece na corretora escolhida.

Também é importante comparar o valor pago pelo fundo de acordo com o valor real do imóvel, além dos indicativos de vacância e inadimplência.

História dos FIIs

Os Fundos de Investimentos Imobiliários estão presentes no país desde 1993, quando foi regulamentada uma lei sobre este fundo. De uns tempos para cá, os FIIs têm atraído a atenção de investidores.

Sobre isso, Mirna explica:

“Quando a taxa Selic é alta, os investimentos de renda fixa são mais interessantes. Quando a taxa Selic cai, a renda variável se mostra muito mais atrativa”.

Fontes: Banco BTG Pactual Digital e revista EXAME

*Foto: Divulgação