Balanço da Vale pode se beneficiar de ataque da Rússia

Balanço da Vale (VALE3) também diz respeito a ser a segunda maior produtora de níquel do mundo, atrás apenas da russa Norilsk; confira o que especialistas do BTG Pactual acham deste cenário

A Vale (VALE3), que hoje possui a ação maior peso no Ibovespa (15% do total), divulga os resultados do quarto trimestre no fim do dia desta quinta-feira (24), após o fechamento dos mercados.

Além disso, as ações terminaram a quarta-feira (23), negociadas a R$ 86,47, com alta acumulada de 10,9% neste ano.

Balanço da Vale (VALE3)

Sendo assim, o balanço da Vale apresenta seus números trimestrais em um momento em que pode se beneficiar indiretamente do conflito militar entre Rússia e países do Ocidente na Ucrânia. O motivo aqui seria sua capacidade de produção de níquel.

Vale destacar que, hoje, a Vale é a segunda maior produtora de níquel do mundo, atrás apenas da russa Norilska.

De acordo com os abalistas Leonardo Correa, Caio Greiner e Bruno Lima, do BTG Pactual (BPAC11), em relatório na terça-feira (22):

“A empresa [Vale] responde por cerca de 5% a 6% da oferta global [de níquel], o que é bastante relevante e, neste momento, talvez esteja subvalorizado pelo mercado.”

E ainda complementaram:

“À medida que as tensões geopolíticas se desenrolam, os preços do níquel estão a caminho de atingir as máximas da década de US$ 25.000/tonelada (a Rússia responde por cerca de 7% da oferta global).”

Divisão

Por outro lado, os analistas do BTG Pactual afirmam que a divisão não está sendo devidamente precificada pelo mercado.

“Nossa impressão é que os investidores estão atribuindo muito pouco (se algum) valor à divisão de metais básicos da Vale. Em condições mais normais, calculamos que essa unidade poderia estar operando próximo a US$ 5 bilhões em Ebitda, o que teoricamente alcançaria um valuation superior a US$ 30 bilhões (mais de 30% do valor de mercado da Vale).”

*Foto: Reprodução