Geração Z: Em que eles investem?

Geração Z, também conhecida como zoomers, os nascidos entre a segunda metade dos anos 1990 e 2010 têm mais facilidade para investir em novos tipos de mercado

A cada dia, o mundo vive um intenso processo de inovação tecnológica. Prova disso são as informações em tempo real, transferências financeiras feitas em segundos, semáforos inteligentes em grandes centros urbanos, tudo para facilitar o cotidiano.

Geração Z – como entendê-los?

Sendo assim, as pessoas que nasceram entre a segunda metade da década de 1990 e 2010, mais conhecidas como Geração Z, cresceram neste mundo que foi se digitalizando, e experimentam desde cedo as revoluções tecnológicas e as consequências econômicas de eventos globais, como a crise financeira de 2008 e a pandemia de Covid-19. Além disso, tal contexto influenciou sua visão de mundo, como suas estratégias e preferências de mercado de investimento.

Vale dizer também que essa geração possui uma relação íntima com a tecnologia, tendo uma compreensão intensa sobre abertura social a estas teconologias. Isso porque eles conseguem transitar em várias realidades, sendo assim hipercognitivos.

A principal característica da Geração Z são os investimentos. E isso é consciência ESG (Environmental, Social and Governance, ou Ambiental, Social e Governança, em português), além da pesquisa por educação financeira, uso de criptomoedas e plataformas de investimento e tranding online.

Segundo o psicólogo e presidente do Conselho Regional de Psicologia de Goiás, Wadson Arantes Gama, explica que “a Geração Z, tendo crescido durante a recessão global e a pandemia de Covid-19, desenvolveu uma perspectiva única sobre riscos e investimentos”.

Instabilidade econômica

Por outro lado, a instabilidade econômica vivenciada em sua formação pode ter incentivado uma abordagem mais cautelosa e informada aos investimentos, diferentemente das gerações anteriores que talvez não tenham enfrentado desafios globais de tal magnitude em sua juventude, diz Wadson Arantes Gama, presidente do Conselho Regional de Psicologia de Goiás

Wadson pontua que esta geração procura equilibrar mais a vida pessoal e profissional, diferentemente das gerações anteriores. “Isso afeta suas decisões de carreira e investimento, priorizando flexibilidade e bem-estar em detrimento da estabilidade e da lealdade corporativa que caracterizavam as expectativas das gerações anteriores”, explica.

Investimentos

“A maior exposição da Geração Z a questões ambientais, sociais e de governança reflete-se em suas escolhas de investimento. Eles tendem a favorecer empresas e fundos que demonstram responsabilidade social e ambiental, contrastando com gerações anteriores que talvez não tenham priorizado o impacto social dos seus investimentos”, explica Wadson.

Neste caso, ele detalha que o predomínio das plataformas digitais adaptou as expectativas da Geração Z em relação a investimentos e consultoria financeira.

“Eles esperam soluções rápidas, acessíveis e personalizadas, diferentemente das gerações mais velhas que podem estar mais acostumadas com métodos tradicionais e presenciais”, esclarece Wadson

Saúde mental

Entretanto, o psicólogo ressalta que esta geração está mais propensa à ansiedade, depressão e estresse do que as demais faixas etárias, segundo ele, exarcebadas pela pandemia de Covid-19.

Em contrapartida, o psicólogo afirma que a Geração Z é considerada a mais tolerante até agora, aberta à diversidade e inclusão. No entanto, também enfrenta desafios como a polarização ideológica e a pressão das redes sociais, o que interfere na saúde mental.

“Apesar de serem nativos digitais e terem habilidades tecnológicas avançadas, eles também podem sofrer com a dependência excessiva da tecnologia e baixa tolerância à frustração”, pontua.

*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/feliz-jovem-companhia-de-amigos-sorridentes-sentados-no-parque-usando-smartphones-homens-e-mulheres-se-divertindo-juntos_13886610.htm#fromView=search&page=1&position=41&uuid=15f8ce61-0c1e-41c7-b0c7-b907345fe156