Empresas menores no mercado de capitais: Fazenda defende propósito

Empresas menores no mercado de capitais devem buscar financiamento

O secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, Marcos Pinto, afirmou que o mercado de dívida pode ser o caminho para colocar mais empresas menores no mercado de capitais. O motivo é para que elas tenham mais acesso a recursos da poupança nacional.

De acordo com o secretário que participou do lançamento da Agenda de Reformas Financeiras para o ciclo 2023-2024, na manhã de ontem (20), no Rio de Janeiro.

“Precisamos colocar mais empresas menores no mercado de capitais. É difícil fazer isso no mercado de ações, mas é possível no de dívidas.”

Empresas menores no mercado de capitais

Além disso, ao detalhar o caminho para as oportunidades de financiamento às empresas menores no mercado de capitais, apontou ainda para o mercado de seguros e previdência.

“As empresas menores precisam acessar a poupança, e o mercado de seguros e previdências é o que tem as maiores oportunidades.”

E ainda acrescentou que, no Brasil, a penetração deste tipo de mecanismo de acesso aos recursos é baixa. No caso, ele explica que “estamos abaixo de países desenvolvidos, mas também daqueles em desenvolvimenro”.

O país possui a maioria de seus recursos de seguros e previdência que acaba ficando em títulos do governo federal.

Agenda de Reformas Financeiras

Contudo, em relação à Agenda de Reformas Financeiras, Pinto afirmou que o governo vai focar em 17 das 120 propostas recebidas de 40 entidades do setor financeiro, realizando fóruns de discussão sobre cada uma delas. A partir daí, passará para a elaboração de um projeto de lei, em 2024.

Porém, segundo ele, o Brasil também está atrasado — tanto em relação a países desenvolvidos quanto àqueles em desenvolvimento — em relação aos ajustes tributários e de aprimoramento regulatório.

Pinto também ressaltou a ausência de tratamento tributário sobre a contratação de hedge (operação que serve para proteger ativos) no exterior.

“Na questão tributária, tem o hedge feito por empresas no exterior. O hedge no exterior não tem tratamento tributário.”

Impacto na economia

Por fim, o secretário disse que o conjunto das reformas terá impacto na atividade da economia brasileira.

“São pequenas reformas que, em conjunto, vão ter impacto muito significativo na economia. O macro é o pressuposto para voltar a crescer, mas é preciso encarar outros desafios, como o da produtividade. Isso requer uma série de pequenas reformas.”

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/vista-frontal-da-estilista-trabalhando-no-atelie-com-laptop-e-colegas_12364419