5G no Brasil está em estágio inicial: como se insere nas empresas?

5G no Brasil pode ser grande promessa no mercado corporativo, segundo estudo da Omdia, que também revela que hoje as conexões em 5G ainda são 5,3% do total no país

Atualmente, o Brasil ocupa a oitava posição em todo o mundo em redes privativas de conectividade e está em décimo lugar no uso de 5G. Os dados revelados na Futurecom por Ari Lopes, Practice Leader para Service Provider Markets Americas da Omdia, revelam ainda que o País possui 11,4 milhões de conexões 5G, representando apenas 5,3% do total. “Comparado com a China, líder global, o Brasil está nos estágios iniciais dessa revolução tecnológica. No entanto, há um potencial inexplorado gigantesco”, observa ele.

5G no Brasil

Segundo o especialista, até aqui o foco esteve em construir as redes 5G no Brasil. No entanto, agora a expectativa é de que o mercado avance para inovar em serviços por meio da tecnologia. Ele diz que a quinta geração móvel apresenta grandes oportunidades no mercado corporativo, onde o foco das empresas de telecom tem sido pavimentar a rede para explorar as oportunidades.

Confira a seguir as cinco áreas que estão sendo desenhadas nesse sentido, segundo Ari Lopes:

1 – 5G na mobilidade corporativa

Ele diz que o primeiro movimento a seguir é a troca de aparelhos no mercado corporativo equipados com 4G para o 5G, um setor que vai gerar receita de US$ 134 bilhões em todo o mundo até 2027 para as operadoras.

2 – FWA

O Fixed Wireless Access (FWA), aplicação que pode funcionar como uma retransmissão em larga escala do 5G, substituindo o Wi-Fi, também possui grande potencial, revela Lopes. A tecnologia oferece uma alternativa inovadora para conectar escritórios sem a necessidade de cabos de fibra. Segundo ele, o uso precoce de redes públicas 5G para mercados selecionados é uma solução fácil de usar, com oportunidades de monetização em áreas mal servidas.

3 – Redes privativas

Essa é uma oportunidade de linha de frente, conta Lopes, em estágio inicial pode gerar intensa concorrência. No Brasil, setores como utilities, energia, agricultura, transporte e logística estão liderando a corrida para adotar redes privativas 5G.

No caso da agricultura, ela representa 16% dos anúncios de redes privativas no Brasil, e está explorando soluções para aumentar a eficiência e a produção. O especialista lembra que redes privativas por si não dependem de 5G e que o mercado está se desenvolvendo por 4G e outras tecnologias.

4 – 5G para edge computing

Além disso, o 5G também abre portas para tecnologias emergentes como Edge Computing, que melhora a eficiência ao processar dados mais perto da fonte. O crescente interesse da indústria com multiplicação carece de resultados tangíveis e de um claro modelo de negócio.

5 – Slicing

Lopes afirma ainda que o 5G foi feito para ser reflexivo. Pela sua capacidade, é possível pegar fatias da rede e dedicar a determinados clientes. Por fim, na perspectiva do especialista, a rede slicing ainda deve levar dois anos para ganhar espaço no mercado.

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/vetores-gratis/fundo-de-rede-de-telecomunicacoes-de-quinta-geracao-de-tecnologia-movel_8413202