Percentual de crescimento do PIB permanece em 1,24%

Com mais um corte do mercado, diminuição já é 12ª consecutiva

Uma pesquisa da empresa Focus sobre a situação econômica do país foi anunciada pelo Banco Central ontem (20). O resultado foi que a economia do Brasil sofreu nova queda. O fator aparece logo após o BC assinalar uma “probabilidade relevante” de regresso econômico, no primeiro trimestre desse ano.

Com mais um corte do mercado, o PIB (Produto Interno Bruto) caiu de 1,45%, na semana passada, para 1,24% na segunda-feira, de acordo com a Focus. Esta já é a 12ª semana seguida que há recuo, além da queda do setor industrial com registro de 0,23 ponto percentual, a 1,47%.


PIB em 2020

Esses fatores fazem com que o PIB e a produção industrial não sejam alterados em 2020. Suas ampliações continuam 2,5% e 3%, respectivamente. Com este panorama, o relatório apresentou que o mercado enxerga a política monetária ainda mais fraca no ano que vem.

Na semana passada, o Banco Central questionou duas vezes a lentidão da economia nacional. A reunião realizada pela autoridade monetária resultou na permanência da tarifa básica de juros de 6,5%. Além disso, o BC comentou sobre temer que o PIB possa ter sofrido um leve recuo no primeiro trimestre de 2019 sobre o último trimestre de 2018.  

Sobre o atual período, Roberto Campos, presidente do Banco Central disse estar decepcionado em relação ao recente desempenho da economia. Porém, ele destacou que o BC não pode optar pela inflação controlada em vez de crescimento econômico.


Divulgação do IBGE

Em 30 de maio, o IBGE anunciará os números do PIB referentes ao começo desse ano. Entre outubro e dezembro de 2018, o PIB se desenvolveu em 0,1% em comparação ao período de julho a setembro. Com isso, o ano passado foi encerrado com ampliação de 1,1%, ainda segundo o instituto público.

O estudo semanal contou com a participação de uma centena de economistas. Eles ainda enxergam que a alíquota básica de juros Selic é de 6,5% até o fim de 2019. Todavia, para 2020, este índice cai a 7,25%, de 7,5%.

Em relação ao Top-5, que é a coligação dos que mais acertam as previsões, também observa a Selic a 6,5% neste ano, mas aponta um cálculo mais baixo para a taxa no ano que vem a 7,0%, de 7,21% na média dos valores na semana passada.

Já a classificação semanal assinalou que a perspectiva para a elevação do IPCA passou a 4,07% em 2019 de 4,04% antes, seguindo em 4% para 2020. O núcleo do objetivo oficial para este ano é de 4,25% e de 4% para o próximo ano. Ambos com 1,5 ponto percentual de margem de tolerância para mais ou menos.

*Foto: Divulgação