O que muda para o banco Inter passar a integrar o Nível 2 da B3

O Banco Inter continua na disputa para ocupar a sexta posição de maior banco varejista do país.

Com seus dados crescendo ainda mais, a instituição financeira pediu para passar ao Nível 2 de avaliação da Bolsa. Para isso, ela anunciou em junho que iria reestruturar toda sua base societária.

Sobre isso, o banco digital mencionou na ocasião que emitiria ações ordinárias (ON). Com isso, a empresa desdobraria seus papéis preferenciais (PN) em units (pacote que conecta os dois tipos de ações). Antes, a companhia lidava apenas com títulos preferenciais em que os acionistas tinham prioridade no repasse de dividendos. Porém, esta prática não lhes garantia poder votar em assembleias.  

Units

Durante o comunicado de junho, a instituição disse que cada unit seria formada por uma ON e duas PNs. Assim, o banco repartiria suas 101.534.167 ações em: 50.767.085 ordinárias e 50.767.082 preferenciais. Em um esquema de 1 para 6 papéis do mesmo tipo, o capital social do banco Inter será de 609.205.002 ações.

Acionistas e objetivos

Com as alterações anunciadas, os acionistas do banco varejista poderão ter maior poder de decisão. Além disso, a reestruturação também visa atingir maior liquidez às ações da instituição em longo prazo.

Solicitação para integrar o Nível 2

Ao atingir mais de 2 milhões de correntistas no primeiro trimestre deste ano, o Inter solicitou em junho a mudança. Sendo assim, eles querem integrar o Nível 2, que é um segmento mais especial, além de ser a penúltima etapa em uma escala de direção corporativa da B3.

Quem faz parte do Nível 2 consegue proporcionar a seus acionistas um poder de voto em atividades como a “tag along”, que possibilita aos minoritários ganharem 100% do dinheiro pago pelo controlador em um episódio de negociação de participação, por exemplo.

Medidas futuras

Além de integrar o penúltimo Nível da Bolsa, o bando Inter também pretende alavancar sua estrutura capitalista. Sobre isso, a instituição planeja conseguir um investidor estratégico ou que aconteça uma oferta pública primária imediata de ações.

De acordo com a instituição, estas estratégias serão importantes para suportar a intensidade de desenvolvimento que a empresa obteve desde que abriu seu capital no ano passado.   

Caso fosse necessário, o bando varejista conseguiu autorização do governo, em abril, para concentrar até 100% de seu capital nas mãos de estrangeiros.

À frente do controle do banco Inter está a família Menin, que possui 57,9% do capital da empresa. Além disso, ela também é dona MRV Engenharia, do ramo de construção civil.

Fonte revista EXAME

*Foto: Divulgação