Instituto Butantã espera zerar fila de testes de Covid-19

Fila de testes de Covid-19 deve ser zerada até amanhã (22); 17 mil amostras estavam pendentes de análise, no dia 7 de abril

O Instituto Butantã, de São Paulo, estima zerar a fila de testes de Covid-19, que está acumulada, até amanhã (22). No dia 7 de abril, a fila era de 17 mil amostras. Segundo o diretor da instituição, Dimas Covas, este número já baixou, como declarou ao jornal O Estado de S. Paulo:

“Isso já se reduziu. Na quarta, esperamos anunciar que a fila foi zerada.”

Ele ainda disse que a fila é resultado da dificuldade de conseguir insumos no Brasil e da centralização dos exames no Instituto Adolfo Lutz. Sendo assim, no começo deste mês, o governo do Estado criou uma rede com outros hospitais e hemocentros estaduais da capital e do interior para antecipar os testes, que antes estavam bem complicados, admite.

Zerar fila de testes de Covid-19

Por meio de uma força-tarefa, a rede faz em torno de cinco mil testes por dia. Para Covas, eles devem aumentar o número para oito mil “rapidamente”. Neste momento, a testagem é destinada a amostras de pacientes mortos ou com casos graves vinculados aos sintomas de coronavírus. Com a extensão da capacidade estadual, estendida a todos os profissionais de saúde, até os que apresentem quadros leves, a projeção é de que os resultados saiam em até 48 horas, afirma Covas:

“Com isso, podemos atender a demanda imediata, principalmente dos municípios do interior que, sem os exames, podem ter a sensação que o vírus não chegou, mas que, na verdade, foi o exame que não foi feito.”

E conclui:

“Vai nos ajudar a ter uma fotografia dessa epidemia mais próxima da realidade. Vai permitir que as autoridades tomem decisões fundamentadas em fatos.”

Ampliação da rede

O diretor do Butantã também indica a necessidade de expandir a rede como um modo de preparo para o avanço da pandemia e que o governo não enfrenta mais a falta de insumos:

“Se espera que a demanda vá aumentar muito rapidamente à medida que a curva (de casos) também cresça. Esperamos que não seja explosivo.”

Agora, os laboratórios privados também foram inclusos na rede de testagem do Estado. A maior participação é do Grupo Fleury, em parceria com o Bradesco Seguros, a Coca-Cola Brasil e a Coca-Cola FENSA. Juntos, eles vão realizar e subsidiar 26 mil testes de Covid-19 em um espaço, no Jabaquara, zona Sul da capital paulista. O valor estimado é de R$ 4 milhões, sem despesas ao poder público.

Ao total, 2,5 mil testes já foram feitos ou enviados pelo Estado ao grupo. As empresas destacaram que agora é um momento de colaboração e Covas afirma que parcerias com o setor privado são essenciais.

Sobre isso, o presidente do Grupo Fleury, Carlos Marinelli, declarou também à publicação:

“Um grupo (de funcionários) se revezou 24 horas por dia para processar esse volume expressivo de exames em pouco tempo. Estamos felizes em ajudar a baixar a fila.”

Fonte: O Estado de S. Paulo – reprodução revista EXAME

*Foto: Divulgação