Fatos que levam o token a ser uma ferramenta de negócios

Apesar de um crescimento do setor, ainda existem muitas pessoas não familiarizadas com transações financeiras que envolvam criptomoedas e token como ferramentas de negócios.

Esta parcela de executivos acredita que as moedas digitais que utilizam o blockchain como forma de pagamento seja um modo complicado ou ainda veem como um investimento especulativo. Mas há quem enxergue estas ferramentas como bem-vindas com a finalidade de inovação.

Quem é a favor do token?

Um grupo de 14 instituições financeiras, liderado pelo banco de investimentos UBS Group AG, que inclui a Nasdaq, criou uma nova empresa, a Fnality International. Ela comanda a ampliação de tokens similares ao bitcoin, que o conglomerado pretende utilizar em transações nacionais.

Qual a finalidade do token?

O token é uma moeda usada para acordos. Ele é chamado no meio financeiro como “utility settlement coin” ou USC. Sua finalidade consiste em os bancos realizarem transações diretas sem precisar ter uma terceira entidade envolvida. Com isso, custos são removidos, além de ineficiência.

Abordagem similar é feita pela JPMorgan Chase & Co, que possui uma rede de mais de 250 integrantes que é operada por meio de um token, o JPM Coin. Além dele, outras 28 empresas, comandadas pelo Facebook, que incluem: eBay, Mastercard, PayPal, Spotify, Uber e Visa fundaram a Libra Association, para ampliar o token “libra”.

Desta forma, aliados improváveis deste setor tem a difícil tarefa de criar uma nova infraestrutura financeira, que envolve um negócio desafiador.

Por que apostar em token e criptomoeda?

O token digital que utiliza o blockchain possui atrativos que permitem fundir negócios e atividades operacionais do mercado financeiro. Em outras palavras, o dinheiro pode ser programável, conforme o caso. E é justamente pela possibilidade de reduzir custos operacionais que esta ferramenta de negócio pode ser tentadora.

Neste quesito, o token USC é algo positivo, pois ele funciona com um mensageiro, carregando informações suficientes com o propósito de concluir transações e o pagamento em si. Com isso, gastos são cortados e tempo reduzido.

Já a libra do Facebook é um token com programação chamada Move, que é uma customização do processo de transações e de criar “smart contracts” (contratos virtuais), que estabelecem os termos sob os quais cada montante é movimentado. Com isso, várias inovações financeiras podem ser impulsionadas.

Exemplos

Suponha que um código só é aprovado após todas as condições estarem certificadas. Codificar esta lógica é desafiador e ainda pode envolver vírus. E exatamente por isso que as empresas citadas acima apostam em tokens digitais flexíveis, operando com produtos já existentes no sentido de inovar ou de criar novos produtos financeiros.

Além disso, eles funcionarão melhor se realmente forem adotados no mercado como um todo. Geralmente, eles são rastreáveis. Sendo assim, podem ser auditáveis e ainda ser estabilizado quase que instantaneamente.  

Baixo custo

O token digital consegue oferecer ao mercado um bom custo benefício em transações globais. Eles ainda podem se transformar em um modo eficaz para conectar o comportamento de parceiros e consumidores, operando como um sistema de recompensas de alto valor. Um exemplo são aqueles pontos de fidelidade que o usuário junta. Com isso, várias companhias podem ser influenciadas para criar novos produtos e, consequentemente, diversificar os negócios.

Reguladores do token

Quando o Facebook anunciou a libra, debates foram realizados no comitê bancário do senado dos EUA, além de audiências frequentes. Sobre isso, Mike Crapo, líder bancário do estado de Idaho, afirmou:

“A libra é baseada em uma tecnologia relativamente nova e em desenvolvimento, que não possui regras e leis claras”.

O mesmo aconteceu em outros locais, como os reguladores do Fed que discutiu sobre a vigilância de bens digitais. Já o G7 alçou as criptomoedas como sendo de ordem prioritária.

Portanto, desse jeito, as probabilidades dessa nova forma como o dinheiro é visto possa prejudicar bancos centrais, ela também pode se tornar uma opção viável a moedas nacionais e por isso estão sendo mais discutidas.

Conclusão

Esses programas iniciais que envolvem o token digital e a criptomoeda não têm como determinar ainda se serão um sucesso ou não. Todavia, há sinais de como precisos de operações com tokens que utilizam blockchain.  

Muitas pessoas do setor acreditam que a chegada dessas ferramentas de negócios ao mercado é inevitável, apesar das tentativas no começo de bani-las vindas dos reguladores.

Fonte; Forbes – UOL

*Foto: Divulgação