Em tempos de pandemia, saber administrar dívidas de negócios faz toda diferença para driblar a crise
Diante da atual crise na economia, o setor de empreendedorismo, muitas vezes, não sabe como agir, principalmente as pequenas empresas. E isso envolve problemas de gestão, levando ao endividamento da empresa. Portanto, é fundamental saber administrar dívidas de negócios, seja ele qual for. Neste artigo, daremos cinco dicas.
Como administrar dívidas de negócios
São exemplos de dívidas: impostos atrasados, boletos vencidos, fornecedores não pagos, encargos sociais não recolhidos, aluguel e conta de serviços, como energia elétrica, não quitados, entre outros.
Entretanto, estas obrigações não devem ser confundidas com contas a pagar. Ou seja, os boletos ou débitos que ainda não venceram. Além disso, a gestão financeira é uma das principais tarefas de toda firma.
Tal processo precisa de disciplina, habitualidade, monitoramento constante e controle de gastos.
Mas quando a gestão financeira é feita do modo certo, proporciona ao empresário dados mais precisos de suas finanças. Isso inclui: redução de custos, segurança nas tomadas de decisão, melhoria dos resultados e sucesso no empreendimento.
Sobre isso, Rogério Cardoso, consultor do Sebrae-SP destacou quatro dicas para uma empresa administrar bem as dívidas.
Reconhecer o tamanho da dívida
Antes de tomar qualquer decisão é preciso entender detalhes das dívidas e seus respectivos valores. Tenha em mente: cheque especial, cartão de crédito, parcelas atrasadas, tributos, impostos vencidos e fornecedores. Também é necessário entender a taxa de correção ou crescimento.
Além disso, é fundamental saber o valor atualizado de toda a dívida. Em suma, saber apenas que está no vermelho não basta para resolver o problema.
Registrar todas as entradas e saídas de dinheiro
Segunda dica diz respeito à movimentação financeira da empresa. Ela deve ser sempre registrada, incluindo as retiradas de pró-labore.
Classifique as saídas por meio de um plano de contas ou categoria de despesas, para o empresário descobrir para onde foi o dinheiro. As entradas podem ser classificadas pela condição ou meio de pagamento, para o empresário entender de onde ou como o dinheiro entra. Já as movimentações financeiras também são divididas em duas modalidades: aquelas que já aconteceram (passado) e possibilitam o empresário entender o comportamento dos gastos e recebimentos da empresa; e as entradas e saídas previstas (futuro), como contas a receber e a pagar; que vão gerar uma condição para a projeção de saldo futuro do caixa, ou fluxo de caixa.
Qual sua capacidade de pagamento
Neste caso é: qual o maior valor de parcela que você pode pagar? Ou seja, não adianta querer negociar a dívida e realizar um parcelamento sem antes conhecer sua real capacidade de pagamento. Em seguida, procure o gerente do banco ou fornecedor com estas informações. Isso inclui: saber os reais gastos da empresa e, principalmente, as despesas fixas.
Negociação dos débitos
Nos casos de cheque especial e cartão de crédito, os juros são exorbitantes. Portanto, opte por substituir este tipo de dívida por outra com menos taxas. Junte todas as suas dívidas e troque por apenas uma. Em seguida, baseado no cálculo da capacidade de pagamento, troque suas dívidas por uma com valor de parcela que cabe de verdade no seu bolso.
Confie que pode resolver
Para conseguir administrar dívidas de negócios de uma empresa é preciso ter algumas habilidades do próprio empreendedor. Entre elas: autoconfiança e equilíbrio para tomar as decisões corretas e não entrar em desespero.
Por fim, gerir um negócio requer qualificação. Então, vá em busca disso, de aprendizado contínuo. Porque quanto mais preparado estiver, menor risco de insucesso correrá.
*Foto: Reprodução/Getty Images