Aumento de setor de e-commerce favorece Mercado Livre

Setor de e-commerce faz empresa manter investimento de R$ 4 bilhões no Brasil neste ano, em tempos de pandemia

Em virtude das medidas de isolamento social pela pandemia do novo coronavírus, o setor de e-commerce brasileiro registrou um aumento por este tipo de serviço. Sendo assim, a empresa Mercado Livre deve manter o plano de investir em torno de R$ 4 bilhões no Brasil em 2020. Segundo um executivo da companhia, o país se tornou seu principal mercado neste período de quarentena.

Setor de e-commerce beneficia Mercado Livre

O Mercado Livre é atualmente o maior portal de e-commerce da América Latina. A empresa afirmou nesta terça-feira (5), dentro de seu balanço trimestral, que notou forte retração da demanda na segunda quinzena de março. No entanto, este movimento foi retomado em abril com bastante força, visto que mais consumidores estão adquirindo produtos pelo comércio eletrônico e, consequentemente, tem havido uma exigência maior de entregadores.

Em declaração à Reuters, Stelleo Tolda, vice-presidente da empresa para América Latina afirmou:

“Pode ser que tenhamos que redirecionar alguns investimentos para logística, devido ao aumento da demanda do e-commerce, mas no momento a ideia é manter o volume total.”

Fluxo de caixa

De acordo com o executivo, é preciso continuar gerando caixa no setor de e-commerce, conforme as medidas de isolamento social de estendem em diversos locais do país. Com isso, cresceu o número de pequenos comerciantes a procurar os canais digitais para venderem seus produtos.

Desde a segunda quinzena de março, o Mercado Livre diz ter contratado 200 funcionários próprios e outros 2.500 terceirizados, na intenção de reforçar sua equipe de logística e dar conta da demanda de entregas que aumentou.

Toda acredita que após a pandemia de Covid-19 os novos compradores e vendedores manterão as transações dentro do e-commerce:

“Acredito que a participação do comércio eletrônico nas vendas totais vai se estabilizar em níveis maiores do que os que tínhamos antes da crise.”

Mercado Pago

A empresa tem revisto campanhas ligadas à ampliação de seu braço financeiro Mercado Pago no varejo físico, que foi o mais afetado pelas medidas de isolamento para tentar conter o avanço do novo coronavírus.

Em abril, a Reuters publicou que o Mercado Pago criou uma linha de crédito de R$ 600 milhões destinados a pequenos empreendedores atingidos pela crise.

Vale ressaltar que no segundo trimestre de 2019, o Mercado Pago foi o responsável pela maior geração de renda do Mercado Livre.

Resultados

No primeiro trimestre, a empresa de e-commerce registrou receita líquida de US$ 652 milhões, um crescimento ano a no de 37,6% em dólares. Apesar da desaceleração nas bases sequencial e anual em parte devido à desvalorização das moedas do Brasil, Argentina e México, os principais mercados da companhia, em moeda constante, o aumento foi de 70,5%. No Brasil, detentor de 61% do total, a receita elevou 31,4% em dólar e 55% em real, ano a ano.

Já no Mercado Pago, a base de usuários únicos ativos cresceu 30,9%, a 43,2 milhões, e o volume de pagamentos atingiu US$ 8,1 bilhões, um desenvolvimento ano a ano de 43,5% em dólar e de 82,2% em moeda constante.

Em relação aos meses de janeiro a março deste ano, o Mercado Livre apresentou prejuízo líquido (após impostos) de US$ 21,1 milhões, ante resultado também negativo de US$ 54 milhões no quarto trimestre do ano passado.

Fonte: Forbes Brasil com dados da Reuters

*Foto: Divulgação