Setor de serviços cresce 3,7% em fevereiro

Crescimento do setor de serviços supera nível pré-pandemia

O mês de fevereiro marcou uma elevação no setor de serviços, marcando 3,7%. O resultado superou o nível pré-pandemia pela primeira vez, com crescimento pelo nono mês consecutivo. Ou seja, bem acima do esperado. Porém, este segmento de mercado deve enfrentar agora uma piora, por causa do avanço dos casos de Covid-19 no Brasil. Além das medidas de restrição mais rigorosas em diversos locais.

Setor de serviços em fevereiro

Contudo, o mês de fevereiro registrou um volume de serviços com avanço de 3,7%. Dado este ficou bem acima da expectativa em pesquisa da agência Reuters, onde a alta esperada era de 1,5%.

Com o resultado, o setor de serviços acumula em nove meses de taxas positivas um crescimento de 24,0%. Consequentemente, houve uma recuperação da perda de 18,6% registrada nos meses de março a maio de 2020, em razão da pandemia.

IBGE

Além disso, ainda fica 0.9% acima do patamar de fevereiro de 2020, período de pré-pandemia. Ou seja, antes de gerar o fechamento dos negócios pela primeira vez. Os dados foram divulgados hoje (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entretanto, a pesquisa do Instituto relava que, na comparação com fevereiro do ano passado, houve queda de 2,0% no volume de serviços. Isto é, a 12ª taxa negativa, mas também melhor do que a expectativa de recuo de 3,5%.

Consumo presencial

É preciso ainda levar em consideração que o setor de serviços é altamente dependente do consumo presencial. Portanto, ele volta a enfrentar problemas agora, já que o país se tornou o epicentro da pandemia no mundo. O que gerou novos fechamentos em diversas localidades.

E além do recrudescimento da doença, os fornecedores de serviços enfrentam também o alto nível de desemprego e a inflação.

Crescimento do volume de serviços

Fevereiro registrou ainda o crescimento do volume de serviços em todas as cinco atividades pesquisadas. O destaque foi a alta de 4,4% em transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, atingindo seu ponto mais alto da série iniciada em janeiro de 2011.

Sobre isso, Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE, explica:

“Nesse segmento vêm se destacando as empresas que prestam serviço de logística, que já vinha tendo alta expressiva por conta do aumento das exportações de petróleo e do agronegócio e, durante a pandemia, teve uma grande escalada de demanda, devido ao crescimento das vendas no comércio online.”

*Foto: Divulgação/PortalIbre